🟥 VIOLÊNCIA NA BAHIA: ESTADO LIDERA NÚMERO DE HOMICÍDIOS NO BRASIL 🟥

🟥 VIOLÊNCIA NA BAHIA: ESTADO LIDERA NÚMERO DE HOMICÍDIOS NO BRASIL 🟥

Por Redação Boca Aberta Notícias | 11/06/2025

A Bahia voltou a ocupar o topo dos rankings de violência no Brasil. Dados recentes do Ministério da Justiça e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que o estado registrou 6.578 homicídios dolosos em 2023, o maior número absoluto do país. Apesar de uma leve queda em relação a anos anteriores, a taxa permanece alarmante: 46,5 mortes por 100 mil habitantes, uma das mais altas do Brasil.

A situação se agrava quando se observa o cenário municipal. Segundo o Atlas da Violência 2024, sete das dez cidades mais violentas do Brasil estão na Bahia. Jequié, por exemplo, teve uma taxa de 91,9 homicídios por 100 mil habitantes, enquanto Santo Antônio de Jesus e Simões Filho registraram, respectivamente, 94,1 e 81,2 por 100 mil. A capital, Salvador, também figura entre as mais perigosas, com 66,4 homicídios por 100 mil habitantes em 2022.

O levantamento mais recente do Instituto Fogo Cruzado revela que, somente em 2024, a Bahia contabilizou 1.795 tiroteios, resultando em 1.380 mortes. Em Salvador, foram mais de 1.300 episódios de disparos de arma de fogo, com destaque para a atuação policial, responsável por mais da metade dos confrontos registrados.

A letalidade policial, aliás, é outro dado preocupante. De acordo com a Rede de Observatórios da Segurança, a Bahia teve um crescimento de 426% nas mortes causadas por policiais entre 2014 e 2022, superando em muito a média nacional de 104%.

Apesar dos números alarmantes, o governo estadual afirma estar avançando no enfrentamento à criminalidade. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), o primeiro semestre de 2024 apresentou uma queda de 13% nos homicídios em comparação ao mesmo período de 2023. A gestão também aponta a apreensão de mais de 80 fuzis e 15 toneladas de drogas nos últimos dois anos, além da entrega de 1.500 viaturas e contratação de cerca de 3.200 novos profissionais da segurança.

No entanto, especialistas ouvidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública alertam que o combate armado ao tráfico de drogas, sem investimentos sociais e políticas públicas estruturantes, não resolve o problema. “A violência na Bahia tem raízes profundas na desigualdade, no desemprego e na ausência do Estado em áreas periféricas”, afirma a socióloga Silvia Ramos, coordenadora da Rede de Observatórios.

Enquanto isso, moradores de diversas cidades baianas seguem convivendo com medo, toques de recolher impostos por facções e um cotidiano marcado pela insegurança.

Redação

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